terça-feira, 30 de novembro de 2010

Processos morfológicos - Formação de palavras

Os processos de criação ou formação de palavras existentes em português são:
afixação (derivação, modificação e flexão);
conversão (derivação regressiva e derivação imprópria);
composição (morfológica, morfossintáctica).

A afixação é o processo em que se associa um afixo a uma forma de base permitindo a formação de uma palavra. A afixação pode ocorrer por derivação ou modificação.

A derivação designa o processo de formação de palavras através de um afixo derivacional (prefixo ou sufixo que determina as propriedades morfossintácticas, como a classe a), o género dos nomes b), o tipo de conjugação dos verbos c), da forma de base em que ocorre):

a) [an]o                             anual
          nome                    adjectivo
b) [ram]o                            ramagem
         nome                    nome feminino
c) [ferv]er                                    fervilhar
radical verbal 2.ª conjugação -  verbo 1.ª conjugação

A derivação pode ser:

derivação por prefixação — consiste na junção de um afixo à esquerda da forma de base (denominado de prefixo), por exemplo:

gordura                   antigordura
            nome             adjectivo

derivação por sufixação — consiste na junção de um afixo à direita da forma de base (sufixo), alterando a suas propriedades morfossintácticas, por exemplo:

[bel]o                          beleza
       adjectivo              nome


derivação parassintética — consiste na junção simultânea de um prefixo e um sufixo a uma forma de base. Na parassíntese não é possível suprimir um dos afixos, por exemplo:

abonecar, amadurecer.... e outros verbos da mesma natureza, apavorar....
*aboneca     amadur                                                                                   pavorar
*bonecar      madur                                                                                      apavor

Estas formas individualizadas não existem

A modificação designa o processo morfológico de alteração/modificação de palavras base que decorre da junção de um afixo modificador a uma forma de base, por sufixação a) ou por prefixação b). Neste caso não se pode falar verdadeiramente de formação de novas classes de palavras:

a) livro                    livrinho
          nome             nome

b) fazer                   refazer
         verbo              verbo

A conversão inclui os processos derivação regressiva e derivação imprópria.

A derivação regressiva consiste no processo de formação de nomes a partir de verbos, em que se retira um segmento à forma de base:

atacar          ataque
     verbo       nome

A derivação imprópria consiste no processo de formação de palavras que não implica qualquer alteração formal, na medida em que apenas se procede à alteração da classe da palavra:

O jantar [nome] estava óptimo.

Vamos jantar [verbo].

A composição designa o processo morfológico de formação de palavras que associa duas ou mais formas de base.

Este processo pode realizar-se através da composição morfológica ou composição morfossintáctica.

A composição morfológica resulta da associação de dois ou mais radicais ligados entre si por meio de uma vogal de ligação, podendo ocorrer um hífen entre os radicais:

organ[i]grama
afro-americano

A composição morfológica pode ser:


composição morfológica de coordenação: ocorre quando os radicais da palavra composta apresentam um estatuto idêntico contribuindo de igual modo para a interpretação semântica da palavra. Os compostos deste tipo são adjectivos, e o contraste de género e flexão de número ocorre no final da palavra

(Ex: socioeconómicosocioeconómicas).


composição morfológica de subordinação: ocorre quando o radical que se apresenta à esquerda modifica semanticamente o da direita, pelo que existe uma forte dependência semântica entre os dois radicais. Alguns destes radicais ligam-se por uma vogal de ligação, i ou o, podendo ocorrer um hífen entre eles

(Ex: fotografia, luso-descendente, ped[agogia] (em pedagogia não é necessária a vogal porque o segundo radical começa por vogal)

A composição morfossintáctica designa o processo que associa duas ou mais palavras. Estes compostos podem ter uma estrutura de:

coordenação: integra palavras com estatuto idêntico, pelo que estas contribuem de igual modo para a interpretação semântica do composto. A coordenação associa particularmente nomes, podendo também incluir alguns adjectivos, conforme:

actor-encenador, surda-muda, e a flexão ocorre nos dois constituintes, conforme surdas-mudas.

subordinação: integra única e exclusivamente nomes. O nome da esquerda é considerado o núcleo, e o da direita, o modificador. A flexão ocorre no primeiro constituinte

 (Ex: bombas-relógio). Nestas estruturas os constituintes não apresentam um estatuto semântico idêntico, e o valor semântico do nome à esquerda é modificado pelo valor semântico do nome da direita:
bomba-relógio

A Flexão

Não é propriamente um processo morfológico de criar palavras.
Aplica-se às palavras variáveis, permitindo especificar as suas propriedades morfossintácticas e morfossemânticas. A flexão pode ser nominal ou verbal.

A flexão nominal aplica-se aos nomes e adjectivos, especificando o número singular ou plural e o género masculino ou feminino. De notar que o contraste de género não é considerado, por alguns gramáticos,  um processo de flexão (Gramática da Língua Portuguesa, Mateus et alii) dado que não é um processo obrigatório (apenas os nomes animados possuem contraste de género) e pode realizar-se através de outros processos de formação de palavras como derivação (cf. embaixador/embaixatriz), composição (cf. crocodilo-fêmea), contraste de género através de diferentes palavras (cf. ovelha/carneiro) ou contraste de género através do índice temático (cf. gato/gata).

A flexão verbal aplica-se aos verbos através da flexão em tempo-modo-aspecto e pessoa-número, ajustando-se à conjunção a que pertence o verbo (1.ª, 2.ª e 3.ª).

Ex:

am- (radical) -a (vogal temática) -v (desinência de tempo, no caso pretérito imperfeito dos verbos da 1ª conjugação)  -amos(desinência pessoa número)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A Ilha dos Amores - A Utopia

No canto IX, surge uma controvérsia quanto ao estilo sonhador do texto. Como surge encaixado na épica um texto carregado de lascívia? Os marinheiros valentes que usufruem de um locus amoenus geram a descendência semidivina da caça lusa, no qual uma ninfa profetiza os feitos futuros.
O episódio da Ilha dos Amores ocupa uma quinta parte do poema, entre os cantos IX e X. Encontra-se colocado estruturalmente na convergência de todos os diversos níveis de acção/planos que enformam a obra:

- a viagem dos marinheiros;
- a intriga dos deuses;
- a visão da história passada e futura de Portugal (e do mundo de então);

Todavia, introduz uma particularidade relativamente às epopeias clássicas: nestas o conhecimento advinha da catábase, isto é, da visita guiada ao mundo inferior (os Campos Elíseos, na Eneida de Virgilio e mesmo o inferno dantesco, na Divina Comédia); n’Os Lusíadas o conhecimento procede do alto, anábase, ascensão. Vasco d Gama, depois do envolvimento amoroso com Tétis, esta guia-o. Sobem ao cume de um monte para observar o espectáculo do mundo:

- a concepção da estrutura do mundo (cosmos);
- a interpretação filosófica do significado da acção dos homens no mundo;
- a crítica da situação factual da política do tempo de Camões.

Fácil será fazer uma extrapolação e dizer que a Ilha é a visão paradisíaca que a aventura marítima trouxe a Portugal carregado de viúvas e de órfãos! Ou que ela representa uma utopia de feição idealista: o lugar da recompensa dos homens após o longo sofrimento, privação e risco da demorada viagem. Camões percebe que o país de “apagada e vil tristeza” não recompensará nunca os heróis, por isso cria uma utopia ideal. Lugar e modo de recompensa, de encruzilhada e fusão amorosa: Divino e Humano, Esforço e Sonho, Clássico e Moderno.
Mas convém notar que, com a prática erótica que essa Ilha faculta aos homens e ao Gama, é feito, paralelamente, o discurso da revelação da sabedoria histórica e cosmogónica.

Para além de considerações de carácter esotérico, o que o poema nos dá é de facto a prática e o apogeu do amor puro, o "alto amor" como sendo a chave textual para a abertura do conhecimento.
Tais propostas são manifestamente inovadoras, até "heréticas", relativamente às doutrinas, quer neoplatónicas, quer católicas.

É na Ilha dos Amores que a tensão e a carência cedem lugar ao sentimento de conquista sobre o mar desconhecido. A Insula Divina simboliza porto e prémio aos fatigados navegadores, a glorificação pelos feitos heróicos, o restabelecimento da harmonia.

Na Ilha, desfecho do poema,  dissolve-se toda a mitologia a sua ficção maravilhosa e nasce o maravilhoso do Amor, tipicamente camoniano. Como sublinhou António José Saraiva: "a virilidade da coragem bélica se liga tão intimamente ao temperamento amoroso como ao aristocrático desprezo dos bens monetários."

As belas ninfas andavam nuas pelas florestas, algumas tocavam cítaras, outras flautas...

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[...]aconselhara a mestra experta:
Que andassem pelos campos espalhadas;
Que, vista dos barões a presa incerta,
Se fizessem primeiro desejadas.
Algumas, que na forma descoberta
Do belo corpo estavam confiadas,
Posta a artificiosa formosura,
Nuas lavar se deixam na água pura.


E a palavra também recria um novo Éden. A luxúria da palavra é levada ao extremo. O recurso à metamorfose contribui para  a "naturalização" e por vezes animalização dos homens. As deusas são cervas, eles galgos. O cromatismo empresta ao poema a sensorialidade e sensualidade máximas. A palavra traduzida em poesia dá sentido ao cosmos e, na expressão feliz do Prof. Eduardo Lourenço, começa a iventar-se esta "maravilhosa imperfeição" - Portugal.

56
Mil árvores estão ao céu subindo,
Com pomos odoríferos e belos;
A laranjeira tem no fruito lindo
A cor que tinha Dafne nos cabelos.
Encosta-se no chão, que está caindo,
A cidreira cos pesos amarelos;
Os fermosos limões ali cheirando,
Estão virgíneas tetas imitando.

Camões, voz profundamente presente e implicada moralmente, aponta bem, a partir da estrofe 89 do canto IX, aqueles que são dignos de usufruirem dos deleites da ilha transitória, chamo-lhe assim porque foi criada para o efeito, aparece e desaparece depois de cumprida a sua função. Por isso aquele é um lugar que todos demandamos, mas que só está ao alcance de alguns.

89
Que as Ninfas do Oceano, tão fermosas,
Tétis e a Ilha angélica pintada,
Outra cousa não é que as deleitosas
Honras que a vida fazem sublimada.
Aquelas preminências gloriosas,
Os triunfos, a fronte coroada
De palma e louro, a glória e maravilha,
Estes são os deleites desta Ilha.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Reflexões do poeta: a lucidez inventada

Plano das reflexões do Poeta:
  • Camões, nas suas reflexões, apresenta-se como guerreiro e poeta, perseguido pela sorte e desprezado pelos seus contemporâneos
  • O Poeta assume papel humanista de intervir de forma pedagógica na vida contemporânea
  • Critica a ignorância e o deprezo pela cultura dos heróis e dos homens de armas (c.V)
  • Denuncia o desprezo pelo bem comum, a ambição desmedida, o poder exercido com tirania, a hipocrisia dos aduladores do Rei, a exploração dos pobres (c.VII)
  • Denuncia o poder corruptor do ouro e o prémio vil (c.VIII)
  • Propõe um modelo humano ideal de"Heróis esclarecidos" que terão ganho direito a serem recebidos na "Ilha de Vénus" (c.IX)
  • O poema evidencia a grandeza do passado de Portugal: "um pequeno povo que cumpriu ao longo da sua História a missão de aumentar a Cristandade, que abriu novos rumos ao conhecimento, que mostrou a capacidade do Homem de concretizar o sonho".
  • Ao cantar os feitos heróicos do passado, Camões quer mostrar aos homens do seu tempo a falta de grandeza do "Portugal presente" e incentivar o Rei a "conduzir os portugueses para um futuro glorioso, para uma nova era de orgulho nacional (c.X)

1º Teste: Proposta de Correcção - Critérios

6
E vós, ó bem nascida segurança
Da Lusitana antiga liberdade,
E não menos certíssima esperança
De aumento da pequena Cristandade;
Vós, ó novo temor da Maura lança,
Maravilha fatal da nossa idade,
Dada ao mundo por Deus, que todo o mande,
Para do mundo a Deus dar parte grande;

7
Vós, tenro e novo ramo florescente
De uma árvore de Cristo mais amada
Que nenhuma nascida no Ocidente,
Cesárea ou Cristianíssima chamada;
(Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas, e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou)

8
Vós, poderoso Rei, cujo alto Império
O Sol, logo em nascendo, vê primeiro;
Vê-o também no meio do Hemisfério,
E quando desce o deixa derradeiro;
Vós, que esperamos jugo e vitupério
Do torpe Ismaelita cavaleiro,
Do Turco oriental, e do Gentio,
Que inda bebe o licor do santo rio;
9
Inclinai por um pouco a majestade,
Que nesse tenro gesto vos contemplo,
Que já se mostra qual na inteira idade,
Quando subindo ireis ao eterno templo;
Os olhos da real benignidade
Ponde no chão: vereis um novo exemplo
De amor dos pátrios feitos valerosos,
Em versos divulgado numerosos.

10
Vereis amor da pátria, não movido
De prémio vil, mas alto e quase eterno:
Que não é prémio vil ser conhecido
Por um pregão do ninho meu paterno.
Ouvi: vereis o nome engrandecido
Daqueles de quem sois senhor superno,
E julgareis qual é mais excelente,
Se ser do mundo Rei, se de tal gente.

11
Ouvi, que não vereis com vãs façanhas,
Fantásticas, fingidas, mentirosas,
Louvar os vossos, como nas estranhas
Musas, de engrandecer-se desejosas:
As verdadeiras vossas são tamanhas,
Que excedem as sonhadas, fabulosas;
Que excedem Rodamonte, e o vão Rugeiro,
E Orlando, inda que fora verdadeiro,
        (……………………………………..)
19
Já no largo Oceano navegavam,
As inquietas ondas apartando;
Os ventos brandamente respiravam,
Das naus as velas côncavas inchando;
Da branca escuma os mares se mostravam
Cobertos, onde as proas vão cortando
As marítimas águas consagradas,
Que do gado de Próteo são cortadas

20
Quando os Deuses no Olimpo luminoso,
Onde o governo está da humana gente,
Se ajuntam em concílio glorioso
Sobre as cousas futuras do Oriente.
Pisando o cristalino Céu formoso,
Vêm pela Via Láctea juntamente,
Convocados da parte do Tonante,
Pelo neto gentil do velho Atlante.
                                   (Lusíadas, canto I)

1 – Identifique os excertos acima transcritos e enquadre-os na estrutura interna de Os Lusíadas.
Conteúdo (C)- 8
Forma (F) - 4
Cenário de resposta:
Os excertos acima transcritos pertencem à Dedicatória (estrofes 6-11) e ao Consílio dos Deuses (estrofes 19-20). Este episódio integra-se na Narração, a Dedicatória é uma novidade na epopeia introduzida por Camões.

2 – As três primeiras estrofes assumem claramente um carácter laudatório. Identifique quem louva, quem é louvado e, pelo menos, três motivos dignos de louvor.
C - 10
F - 6
Cenário de resposta:
A Dedicatória é um texto marcadamente elogioso. Esse carácter está bem patente nas estrofes 6 a 8 nas quais Camões louva o jovem rei D. Sebastião por ser de descêndência divina, o garante da da independência nacional, a esperança da manutenção e da ampliação do império e da fé.
3 – A estrofe 9 inicia-se com uma forma verbal. Identifique-a e refira o seu valor expressivo.
C - 8
F - 4
Cenário de resposta:
A forma verbal que inicia a estrrofe 9  a segunda pessoa de modo imperativo - "Inclinai". Neste caso concreto essa forma verbal tem o valor de pedido, isto é, chamar/captar a atenção do rei D. Sebastião para a obra do Poeta e para os exemplos de dedicação à patria dos seus antecessores, bem como de outros heróis que contribuiram exemplarmente para a contrução do Império.
3.1 – Seleccione outras formas verbais que tenham sentido idêntico.

C - 4
"Ponde", "Ouvi" - repetido em várias estrofes

4 – “Quando subindo ireis ao eterno Templo” (est. 9, v. 4), isto é, templo da fama. A fama desempenha um papel fundamental na sublimação do herói. Tendo em conta a leitura das estrofes 9 – 11, identifique as condições necessárias para se alcançar a fama.
C - 12
F - 8
Cenário de resposta:
Esta é uma parte muito polémica da Dedicatória. Camões acentua a sua função na mitificação do herói. O poeta é um agente importante nessa tarefa. É através do seu canto, do seu "pregão", isto é,  da sua obra que os feitos dos heróis perdurarão. Vereis os heróis nos meus versos. Portanto a primeira condição para se alcançar a fama é que haja um poeta que escreva, que os cante. Outra condição, é a prática de feitos em prol da pátria, pelo amor da pátria, que sejam dignos desse canto, sem qualquer contrapartida de "prémio vil", sem recompensa material.

5 – Nas estrofes 19 e 20, o poeta interliga dois planos narrativos. Identifique-os referindo as marcas linguísticas que configuram a simultaneidade.
C - 8
F -  4
Cenário de resposta:
As estrofes 19 e 20 pertencem à narração e nelas interligam-se dois planos narrativos: o Plano da Viagem de Vasco da Gama/Plano fulcral e o Plano Mitológico/Divino. A simultaneidade é conferida pelas conjunções temporais "Já" e "Quando".
6 – Identifique o recurso estilístico presente nos versos 2 e 3 da estrofe 19, referindo o seu valor expressivo.

C - 6
F - 4

Cenário de resposta:

A figura de estilo presente nesses verso é a personificação/animismo. Transferem-se as características humanas - a inquietação e o respirar - para os elementos da natureza: "As inquietas ondas apartando; /Os ventos brandamente respiravam". Essas características indicam vivacidade e calma ao mesmo tempo como se traduzisse a quietude vivida pelos homens que navegavam, em contraste com a azáfama que vai no Olimpo.
7 – Elabore um comentário com o mínimo de 80 e o máximo de 140 palavras, tendo por base a estrofe 11 e o texto que se segue:
Camões não desconhece o conceito aristotélico de verosimilhança, isto é, aquilo que é real, independentemente ter acontecido ou não, mas que é plausível. Com efeito, “os heróis portugueses não só ultrapassam essas criações da fábula, como têm a vantagem da verdade sobre a ficção. O confronto diz respeito aos heróis.”                                                      
  (Maria Vitalina Matos, A Poesia Épica de Camões)

C -18
F - 12

Desenvolver pelo menos 3 a 4 aspectos:

- A ideia de imitação dos clásscos
- A diferenciação dos clássicos/especificidade da epopeia camoniana
- Factos reais dados pela experiência, por oposição aos mitos...
- Ideia de superação dos heróis clássicos

II
1 – Leia atentamente o texto que se segue e responda às questões formuladas.
Hoje, ao criar-se um sítio na internet, estamos a lançar informação para um espaço virtual, para uma terra de ninguém que tem a qualidade única e insubstituível de todos ali podermos poisar os pés. Aqui e acolá levantam-se vozes contra isso, mas actualmente, ninguém ousa discutir as vantagens daquele instrumento de comunicação. Os antagonistas dariam uma pálida imagem da evolução tecnológica.
1.1 – Identifique, pelo menos, dois deícticos pessoais, dois temporais e dois espaciais.

P- 6       Ninguém, todos
1.2 – Considere a forma verbal estamos (linha 1). Identifique as referências deícticas que exprime.

P - 6        Pessoais, temporais e espaciais
1.3 – O pronome relativo substitui nomes ou expressões nominais. Identifique o antecedente de que, linha 2).

P- 6     "terra de ninguém"/"espaço virtual"
1.4 – Considere os adjectivos virtual (linha 1) e pálida (linha 4) e assinale verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações que se seguem, por exemplo, g) – F.

P - 6
a) ambos têm valor objectivo        b) ambos têm valor restritivo            c) virtual têm valor restritivo
d) ambos têm valor subjectivo     e) pálida tem valor subjectivo           f) têm valor não subjectivo
c) e e) são verdadeiras, as outras falsas
III

Dos temas propostos, escolha apenas um deles para a sua composição. O texto de carácter argumentativo expositivo deverá ter entre 180 e 260 palavras.

A – Tendo em conta a leitura do episódio de Inês de Castro, considere a hipótese de restaurar a pena de morte em Portugal. Apresente, pelo menos, dois argumentos contra ou a favor, recorrendo a exemplos que ajudem a sustentar a sua posição.

B – Como sabemos, a Europa sofre um grande constrangimento em termos de natalidade. Com efeito, os estados têm apostado em medidas sanitárias e outras que desfavorecem a natalidade, como a divulgação das medidas anticoncepcionais. A Europa envelhece a passos largos, colocando em causa a coesão social. Apresente, pelo menos, dois argumentos a favor ou contra, recorrendo a exemplos que reforcem a sua posição.


                                                                       Votos de bom trabalho, Jorge Marrão