sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

COORDENAÇÃO SUBORDINAÇÃO

 

Conjunções e locuções conjuncionais Coordenativas

São palavras ou expressões invariáveis que sevem para ligar frases/orações

Copulativas: e, nem, não só... ... mas também

Adversativas: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto

Disjuntivas: ou, ou...ou, ora...ora, quer...quer, seja...seja, nem...nem

Conclusivas: logo, pois, portanto, por conseguinte, por isso, assim

Veja-se Caderno de actividades PP 23-24

COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO: DUAS FORMAS DE LIGAR ORAÇÕES
A frase simples é constituída por uma única oração, um único verbo conjugado

Exemplo:
Assim gemia o magnânimo Ulisses, à beira do mar lustroso...
A frase complexa é constituída por duas ou mais orações.

Exemplo:
Através da vaga, fugiu e trepou sofregamente à jangada, soltou a vela, fendeu o mar, pois partiu para os trabalhos, para as tormentas, para as misérias — para a delícia das coisas imperfeitas!

Este período é constituído por 5 orações. Vamos dividi-las:

- Através da vaga, fugiu
- e trepou sofregamente à jangada, - coordenada copulativa sindética
- soltou a vela, - coordenada copulativa assindética (não se usa conjunção)
- fendeu o mar, - coordenada copulativa assindética
- pois partiu para os trabalhos, para as tormentas, para as misérias — para a delícia das coisas imperfeitas! - coordenada copulativa conclusiva

Coordenação
As orações, embora ligadas, podem manter-se independentes. Nesse caso, existe entre elas uma relação de coordenação, isto é ligação.

A coordenação pode ser sindética, isto é, com a conjunção expressa:

O Tiago foi ao Parque das nações e visitou o Oceaanário e divertiu-se imenso.
Decomposição:
O Tiago foi ao Parque das Nações.
O Tiago visitou o Oceanário.
A coordenação pode ser assindética, isto é, sem a conjunção expressa:

O Tiago foi ao Parque das Nações, visitou o Oceanário, divertiu-se à grande.


Orações coordenadas


Copulativas
Exemplo: • Calipso, a deusa radiosa, o recolhera e o amara.

• Adversativas
Exemplo: • Dez anos antes, também desconhecia a sorte de Ítaca e dos seres preciosos que lá deixara em solidão e fragilidade; mas uma empresa heróica o agitava;

Disjuntivas
Exemplo: • Em oito anos, ó deusa, nunca a tua face rebrilhou com uma alegria, nem dos teus verdes olhos rolou uma lágrima, nem bateste o pé com irada impaciência, nem, gemendo com uma dor, te estendeste no leito macio...

Neste caso a conjunção nem liga orações


• Conclusivas
 Exemplo: • As suas decisões, clementes ou cruéis, resultam sempre em harmonia, por isso o seu braço se torna terrífico aos peitos rebeldes.

Conjunções e locuções conjuncionais Subordinativas

São palavras ou expressões invariáveis que servem para ligar frase/orações

Temporais: quando, sempre que, desde que, enquanto, antes que, até que, logo que, depois de

Causais: porque, como, pois, porquanto, pois que, por isso, que, já que, uma vez que, visto que, visto como

Condicionais: se, caso, contanto que, salvo se, dado que, desde que, a menos que

Finais: para que, a fim de que

Comparativas: como, assim como, bem como, como se

Concessivas: embora, ainda que, mesmo que, se bem que, apesar de que

Consecutivas: que (combinada com tal, tão, tanto)de forma quede maneira que

Completivas: que, se


Subordinação

Na frase complexa com orações subordinadas uma das orações, a subordinante ou principal, mantém-se independente. As que dependem dela são subordinadas e recebem a denominação da conjunção ou locução que as iniciam.

Orações Subordinadas

Ulisses que saiu de Ítaca para atacar Tróia vagueou durante dez anos, porque os deuses se eufureceram contra ele, embora Vénus lhe tivesse prometido que chegaria são e salvo à sua pátria.

Este período é constituído por 6 orações. Vamos dividi-las e classificá-las:


- Ulisses vagueou durante dez anos. - oração subordinante/principal
- que saiu de Ítaca. - oração subordinada relativa restritiva
- para atacar Tróia. - oração subordinada final
- porque os deuses se enfureceram contra ele. - oração subordinada causal
- embora Vénus lhe tivesse prometido. - oração subordinada concessiva
- que chegaria são e salvo à sua pátria. - oração subordinada completiva/integrante


 As orações subordinadas podem ser:

 • Temporais
Exemplo: • Quando Eos vermelha aparecer, amanhã, eu te conduzirei à floresta.

• Causais
Exemplo: • Calipso reconhecera logo o mensageiro - pois que todos os imortais sabem uns dos outros os nomes, os feitos e os rostos soberanos.

• Condicionais
Exemplo: - Ó Ulisses, vencedor de homens, se tu ficasses nesta ilha, eu encomendaria para ti, a Vulcano e às suas forjas do Etna, armas maravilhosas...


 • Finais
 Exemplo: - Ó deusa, pensas tu na verdade que nada falte para que eu largue a vela?

Comparativas
Exemplo: • Estas gaivotas repetem tão incessantemente, tão implacavelmente, o seu voo harmonioso e branco que eu escondo delas a face, como outros a escondem das negras harpias!

• Concessivas
Exemplo: • Mas, ainda que não existisse, para me levar, nem filho, nem esposa, nem reino, eu afrontaria alegremente os mares e a ira dos deuses!

Consecutivas
Exemplo: • Ulisses pisou a areia de tal modo, que o magnânimo herói não a sentiu deslizar.

Completivas (ou integrantes)

- têm a função de um nome ou expressão nominal, são normalmente sujeito ou complemento directo de um verbo declarativo.

Exemplo: Por isso Júpiter, regulador da ordem, te ordena, deusa, que soltes o magnânimo Ulisses.
A oração copletiva pode ser substituída por uma expressão nominal:
Por isso Júpiter (...) ordena a libertação do magânimo Ulisses.Ordena o quê? - que soltes Ulisses... esta oração funciona como complemento directo do verbo ordenar, completa o sentido, equivale a libertação ....

A deusa disse que soltassem Ulisses. disse o quê? que O soltassem --- CD

Uma oração subortinada completiva pode ser sujeito:
Que digam a verdade em tribunal é fundamental.
Sujeito: que digam a verdade;
Predicado: é fundamental. - fundamental é o predicativo do sujeito selecionado pelo verbo SER
Assim, a oração completiva pode ser substituída por um pronome pessoal:
Ela é fundamental.

Orações subordinadas Relativas – são iniciadas por pronomes relativos, são de dois tipos:

Restritivas

Exemplo: Ulisses atirou o machado contra um vasto carvalho que gemeu profundamente.
Decomposição:
- Ulisses atirou o machado contra um vasto carvalho.
- O carvalho gemeu profundamente.

A oração relativa "que gemeu profundamente", é restritiva e funciona como um adjectivo, tem a função sintáctica de atributo (ou modificador frásico do nome): (...) um vasto carvalho rachado, ferido... Explicativas
Exemplo: Ulisses, que astuciosamente se livrou de muitos perigos, sofreu durante dez anos a fúria dos deuses.

A oração relativa explicativa "que astuciosamente se livrou de muitos perigos" funciona como uma expressão nominal, tem a função sintáctica de aposto (ou modificador apositivo) e vem sempre entre vírgulas.

A oração relativa pode ser substituída por uma expressão nominal:

Ulisses, astuto e aventureiro, sofreu durante dez anos a fúria dos deuses. Nota: Também pode aparecer a designação de oração relativa adjectiva restritiva ou explicativa.

Há ainda as orações subordinadas relativas substantivas ou independentes, isto é, o pronome relativo não tem antecedente. Estas orações têm, normalmente, função sintáctica de sujeito (1), complemento indirecto (2), agenta da passiva (3), entre outros....


1 - Quem critica quer sobressair. (função de sujeito)
- Ele critica quer sobressair.


2 - Às vezes não damos valor a quem o merece. (função de complemento indirecto)
- Às vezes não lhe damos valor.


3 - As ordens foram dadas por quem tem poder. (agente da passiva)
- As ordens foram dadas pelo director.


Este é um assunto complexo. Os exemplos apresentados são apenas ilustrativos de algumas ocorrências. Consulte-se a gramática, em caso de dúvida.

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